Mundial de Clubes: FC Porto cumpre os mínimos e vence em Marrocos

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Samu fez a diferença na visita ao Wydad, numa tarde pacata

Foi num encontro pouco convincente e morno que o FC Porto venceu na visita ao Wydad Casablanca, em Marrocos (1-0). Perante mais de 50 mil adeptos – num ambiente digno do Mundial de Clubes – Martín Anselmi não surpreendeu no “onze”, com Tomás Pérez a render Alan Varela, enquanto Martim Fernandes foi defesa central pela direita.

Entre os anfitriões, o ponta de lança Samuel Obeng – que até janeiro representou o Casa Pia – começou de início.

No primeiro particular de preparação para o Mundial – a disputar nos Estados Unidos – um raro rasgo ofensivo permitiu a Samu fazer a diferença, aos 38 minutos.

Embalado pelos adeptos, o Wydad entregou a iniciativa ao FC Porto, mas de pressão alta e defesa compacta. Por isso, os portistas enfrentaram dificuldades para construir no último terço, com Samu só. Em simultâneo, os anfitriões apostaram em velozes contra-ataques, com Rayhi, Samuel Obeng e Moutaraji a testarem a resistência azul e branca.

 

Num encontro atado e pouco esclarecido a meio-campo, Samu desfez a igualdade na sequência do primeiro erro defensivo do Wydad. Estavam decorridos 38 minutos quando João Mário encontrou corredor livre pela direita, apontando ao avançado espanhol, que desviou na pequena área.

 

 

 

Doravante – ora pela vantagem, ora pelas substituições – os anfitriões assumiram a iniciativa.

 

Ao intervalo, Anselmi apostou em Otávio, Nehuén Pérez e Gonçalo Borges, em detrimento de Macano, Martim Fernandes e João Mário. Por isso, Martim Fernandes assumiu a tarefa de ala, enquanto Fábio Vieira recuou para o miolo, com Borges a extremo.

 

De razoável a “não satisfaz”

Para a etapa complementar, o Wydad reforçou a agressividade e despejou cruzamentos para a área de Diogo Costa, enquanto os contra-ataques do FC Porto se revelaram lentos e desinspirados, sem gerarem remates.

 

Até final, Anselmi lançou Namaso, Vasco Sousa, Zaidu, André Franco, William Gomes e Deniz Gül, mantendo Cláudio Ramos, Diogo Fernandes, Pepê e André Oliveira no banco. Por sua vez, Diogo Costa e Zé Pedro foram os “resistentes” dos titulares.

 

No calendário do FC Porto segue-se o particular com o Riga, da Letónia, no Olival. O particular está agendado para 8 de junho (domingo), às 11 horas.

 

De recordar que os portistas integram o Grupo A do Mundial, com Palmeiras, Inter Miami e Al Ahly, do Egipto. A estreia acontece frente ao “Verdão” na noite de 15 de junho (23h). Seguem-se os duelos com Messi e companhia na noite de 19 de junho (20h), e com o Al Ahly na madrugada de 24 de junho (2h).

 

Por sua vez, o Casablanca – 3.º classificado da Liga marroquina – vai competir no Grupo G, contra Juventus, Man City e Al Ain, de Rui Patrício.

 

Labareda parca a duas semanas do Mundial

De elite, este particular teve os mais de 50 mil adeptos nas bancadas, que proporcionaram um ambiente frenético e ensurdecedor, com bandeiras de Portugal, Marrocos e da Palestina. Um autêntico mar vermelho.

 

De resto, e ainda que o relvado fosse frágil, tal fator não justifica a apatia defensiva do FC Porto, nem a lentidão de processos. Em vários momentos valeu a atenção de Diogo Costa, Martim Fernandes e Francisco Moura, que intercetaram remates.

 

A estrutura do FC Porto terá de olhar ao mercado – para enriquecer e reformular o plantel – se pretende evitar nova travessia no deserto. Há unidades banais, longe das habituais expectativas, mas alinhados com o encerrar do campeonato.

 

Em suma, o dragão permanece idêntico. Quiçá, a chegada de Gabri Veiga, o regresso de emprestados e a integração de «bês» contribuam para a versão 2026

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